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Tartaruga das galápagos


A tartaruga-das-galápagos ou tartaruga-gigante-de-galápagos, cujo nome científico é Chelonoidis nigra, é uma espécie de tartaruga da família Testudinidae, endêmica do arquipélago de Galápagos, no Equador.
É a maior espécie de tartaruga existente e o 10º réptil mais pesado do mundo, podendo chegar a 400 kg, com um comprimento de mais de 1,8 m. É também um dos vertebrados de vida mais longa. Um exemplar mantido em um zoológico australiano, chamado Harriet, atingiu a idade de 170 anos. São conhecidas várias subespécies, embora sua classificação seja polêmica. São herbívoras e se alimentam de ervas, frutas, líquens, folhas e cactos.
Desde o descobrimento do arquipélago no século XVI elas foram caçadas intensamente para alimentação, especialmente de marinheiros, e seu número original, que se calcula em torno de 250 mil indivíduos, decaiu para pouco mais de 3 mil na década de 1970. Outros fatores também contribuíram para o declínio acentuado, como a introdução de novos predadores pelo homem e a destruição de seu habitat. Em breve começaram a ser realizados projetos de recuperação das populações, e hoje o total de indivíduos chega a quase 20 mil. Mesmo assim ainda é considerada uma espécie vulnerável pela IUCN. Pelo menos duas subespécies já foram extintas - C. n. abingdoni e C. n. nigra - e somente dez das cerca de quinze originais ainda existem em liberdade.
As características morfológicas da carapaça óssea das tartarugas-das-galápagos variam de acordo com o ambiente de cada ilha. Esta variabilidade permite subdividir a espécie em vários subtipos, cada um característico de uma ilha, ou de uma parte dela. Esta diversidade morfológica foi reconhecida por Charles Darwin, durante a sua visita ao arquipélago em 1835, e foi um dos argumentos para a sua teoria da evolução das espécies.

As tartarugas têm grandes carapaças de uma cor marrom opaca, cujas placas se fundem ao esqueleto, dando-lhes uma sólida estrutura de proteção, para dentro da qual podem retrair e esconder o pescoço e a cabeça, bem como os membros. As placas possuem um padrão característico, embora as suas faixas de crescimento não sejam úteis para determinar sua idade, pois as exteriores se desgastam com o tempo. As pernas são grandes e as patas, quadradas, semelhantes às dos elefantes. As patas dianteiras têm cinco unhas, e as traseiras, quatro. Sua pele é seca e recoberta de duras escamas.
Seu grande tamanho impressionou os primeiros exploradores, e quando Charles Darwin conheceu as ilhas disse que "esses animais podem crescer até tamanhos enormes... diversas são tão grandes que precisam de seis homens para erguê-las do chão". O maior indivíduo registrado tinha mais de 400 kg e um comprimento de 1,87 m.
As várias subespécies mostram todas um formato de casco diferenciado, que vai de estruturas semiesféricas mais ou menos regulares até cascos cheios de protuberâncias e uma grande projeção sobre o pescoço. Nas ilhas mais úmidas, com vegetação baixa mais abundante, como a de Santa Cruz, os cascos tendem a ser mais regulares e maiores, com pernas e pescoço mais curtos. Ao contrário, nas ilhas mais secas, os cascos tendem a ser mais irregulares.
O dimorfismo sexual é mais pronunciado nas subespécies com cascos mais irregulares, onde os machos exibem projeções frontais mais angulosas e elevadas. Os machos de todas as populações geralmente são maiores e têm a cauda mais longa que as fêmeas, e ventralmente seu casco apresenta uma concavidade que auxilia no ajuste dos pares durante o acasalamento. Os machos adultos pesam em média 272 a 317 kg, enquanto que as fêmeas pesam em média 136 a 181 kg.

As tartarugas são herbívoras, consumindo cactos, gramíneas, folhas, liquens e frutas. Cada indivíduo precisa de 32 a 36 kg de comida diária, mas sua digestão pouco eficiente expele grande parte dos nutrientes sem absorvê-los.
Obtêm água principalmente lambendo o orvalho nas rochas e consumindo vegetais, especialmente o cacto Opuntia, e podem passar até 18 meses sem ingerir água e comida, sobrevivendo de reservas de gordura e água acumuladas em seu próprio corpo. Quando sedentas podem ingerir grandes quantidades de água de uma só vez, conservando-a em bolsas em torno de seu pescoço. Essa capacidade as tornou úteis depósitos vivos de água e fontes de boa carne para as longas viagens dos antigos marinheiros.

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Testudinata
Família: Testudinidae
Gênero: Chelonoidis
Espécie: C. nigra

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