Pelicanos e golfinhos têm sido os animais afectados. |
Em menos de duas semanas foram encontrados 1500 pelicanos mortos a 200
quilômetros da costa do Peru, em Piura, na fronteira com o Equador, e em
Lambayeque, 790 quilômetros a norte de Lima, segundo informação do
departamento de Agricultura peruano. Sábado passado foram encontrados 14
pelicanos mortos em várias praias na zona de Lima. Desde Janeiro que
deram à costa norte do país 900 golfinhos sem vida.
O Ministério da Saúde pôs em marcha um alerta sanitário para impedir
que a população utilize as praias e consuma peixe cru na área de Lima e
na costa norte do país até que se conheça a causa da morte dos animais.
Carlos Bocanegra, biólogo da Universidade de Trujillo, já afirmou estar
indignado com a falta de explicações do Instituto do Mar (dependente do
Ministério da Pesca). O cientista acredita que está a ser protegido
algum interesse dos grupos de pressão da pesca industrial, sector
dominante da economia peruana.
Depois de alertar sobre a possibilidade de um vírus, no caso dos
golfinhos, o Ministério do Meio Ambiente rejeita, para já, a hipótese de
se tratar de efeitos colaterais da pesca ou de contaminação das águas.
Várias teorias, nenhuma certeza
A Organização para a Conservação Científica dos Animais Aquáticos
(Orca), uma ONG, atribui a morte dos golfinhos às atividades de
exploração das companhias petrolíferas na zona, que, acredita, geram um
grande impacto acústico.
O diretor de outra ONG, a Mundo Azul, o biólogo alemão Stefan
Austermühle, afirma que a morte massiva de pelicanos e golfinhos
representa “um risco para a saúde humana devido a uma possível mutação
de vírus”.
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