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Iguana marinha


A iguana-marinha (Amblyrhynchus cristatus) é o único lagarto do mundo com hábitos marinhos e é uma das muitas extraordinárias espécies que se podem encontrar no arquipélago das Galápagos. Vive em zonas rochosas da beira-mar e alimenta-se de algas que apanha quer na zona de rebentação quer mergulhando junto à costa. Pode passar até uma hora debaixo de água.
Galápagos, forma um arquipélago na costa da América do Sul. Este arquipélago são ilhas vulcânicas, e nunca foram ligadas a uma massa de terra, por isso acredita-se que as iguanas atravessaram sobre a água, da América do Sul para essa ilhas há cerca de 10 a 15 milhões de anos.

Um fenômeno curioso são as chamadas iguanas híbridas, nascidas do cruzamento de uma iguana-marinha macho com uma iguana-terrestre fêmea. As iguanas híbridas podem viver tanto na terra quanto no mar. Esta espécie foi um dos animais estudados por Darwin durante sua estádia em Galápagos.
Esta espécie geralmente vive em colônias onde os recifes são rasos e ocorrem com uma extensa zona entre marés e uma costa rochosa. Eles são encontrados em trechos a cerca de dois a cinco metros acima do nível do mar, mas também podem subir a alturas de 80 metros. Eles também precisam ter acesso a áreas arenosas onde enterrarão seus ovos. Embora as Ilhas Galápagos ficam perto da linha do equador, a água é extremamente fria, por razão das correntes oceânicas.

Em terra, a iguana-marinha é um animal bastante desajeitado, e passa a maioria do tempo parado, evitando gastos de energia ao máximo. O sol, é a principal meta dessas iguanas enquanto é tarde. Seus corpos para ficarem esquentados e manter a temperatura devem evitar gastos energéticos.
O pé desta iguana, diferentemente dos animais nadadores que tem pele entre os dedos para funcionar como uma espécie de "remo", facilitando o nado, é ausente nestes animais. A locomoção na terra que é feita por essas patas, não são nada eficientes para o nado. O membro utilizado no mar para nadar por esses animais é a cauda. Seus movimentos estridentes e coordenados, faz delas, ótimas nadadoras, nem parecendo aqueles animais desajeitados vistos na terra.
A pata, portanto admite outro uso: o de força para agarrar. Quando essas iguanas estão em terra, elas necessitam de patas com grandes unhas e muito fortes para manter-se pregadas às crateras vulcânicas, e além disto, no mar essas patas auxiliam quando esses animais necessitam de um impulso, e também (principalmente) quando elas vão sair da água, e necessitam agarrar-se nas rochas lamentas e porosas.

Como um animal ectotérmico, a iguana marinha pode passar apenas um tempo limitado no mar frio, onde se mergulha para alcançar as algas. No entanto, só nadando nas águas rasas ao redor da ilha são capazes de sobreviver em mergulhos de até meia hora de duração e em profundidades de mais de 15 m . Após estes mergulhos, eles retornam ao seu território para aquecer ao sol. Quando fria, a iguana é incapaz de se mover de forma eficaz, tornando-os vulneráveis à predação, e nesses momentos que estão mais frias que tornam-se mais agressivas, atacam os que passam por perto delas, como modo de defesa já que elas não se movimentam bem antes de estarem aquecidas novamente. Durante a época de reprodução, os machos tornam-se altamente territoriais. Os machos montam grandes grupos de fêmeas para acasalar, e preservam elas contra outros iguanas machos.

Iguanas-marinhas alteram seu tamanho para se adaptar às diferentes condições alimentares. Durante condições de El Niño, quando as algas que as iguanas se alimentam é diminuída por um período de dois anos, algumas das iguanas foram encontradas com seu tamanho diminuído de até 20%. Quando as condições de alimentação voltaram ao normal, as iguanas retornam a sua forma normal anterior. Especula-se que os ossos das iguanas encurtaram e ocorreu uma contração do tecido conjuntivo delas, indicando essa redução do tamanho relativo.
Elas são ativas durante o dia e passar as primeiras horas após amanhecer, debaixo do sol em preparação para a atividade. A grande maioria dos indivíduos em cada colônia alimentam quase exclusivamente de algas marinhas nas zonas intertidais durante a maré baixa. Somente os maiores indivíduos, que corresponde a 5% do total mergulham na água para a alimentação, principalmente durante as horas do meio-dia. As águas são extremamente frias, e faz a iguana perder calor rapidamente quando está caçando debaixo da água. Isto obriga elas a voltar para as rochas e aquecer ao sol novamente. Na verdade, o tamanho da iguana e a forma que ela mantém ou perde calor determina o seu método de alimentação. Indivíduos pequenos, que perdem calor rapidamente, somente se alimentam em rochas na maré baixa, raspando as algas da superfície e, raramente, mergulham no mar. Os indivíduos maiores, no entanto, não perdem tanto calor e isto faz eles serem ativos debaixo da água por mais tempo. Eles caçam algas na água rasa cerca de dois a cinco metros de profundidade, mas podem mergulhar até 25 metros onde há uma abundância de algas, e sem a concorrência de outras iguanas. Enquanto se alimentam debaixo da água, eles também consomem uma grande quantidade de sal que, em excesso, podem ser tóxico. Eles, portanto, excretam grandes quantias de cristais de sal por uma glândula nasal através de espirros. A atividade diminui entre meio-dia e à noite, e antes do pôr-do-sol as iguana se retiram para debaixo de fendas ou pedras, onde ficarão em repouso até o início do outro dia.

Iguanas-marinhas são herbívoros. Alimentam-se quase exclusivamente de algas marinhas.
As fêmeas atingem a maturidade sexual quando têm de 3 a 5 anos de idade. Os machos, quando eles têm cerca de 6 a 8 anos. A época de reprodução começa em dezembro e se estende até março. Durante a época de acasalamento o iguana macho fica com cores muito vibrantes. Em alguns animais essa seria uma forma de atrair as fêmeas, porém os estudos não podem comprovar a correlação entre o grau de cores nos machos e sucesso reprodutivo. Fêmeas têm apenas um companheiro por temporada.
Um macho aborda uma fêmea com a cabeça abaixada. A medida que ele aproxima da fêmea ele começa a subir e descer a cabeça rapidamente. Enquanto ele continua a se aproximar, ele moverá em círculos até mover-se lateralmente em contato com ela, movendo a cabeça ao longo de sua cauda. Então ele coloca sua perna da frente sobre a fêmea, e sobe nas suas costas. A partir dessa posição, ele vai vai morder a pele do pescoço ou do ombro para se sustentar em cima da fêmea. É comum que a fêmea se afastar, em qualquer fase do namoro. Depois de obter uma retenção suficiente sobre a fêmea, o macho vai torcer o rabo, para por as cloacas em contato uma com a outra. A cópula dura cerca de três a quatro minutos.
Cerca de quatro semanas após o acasalamento fêmeas vão deixar a colônia e transitar entre 20 metros a 3 quilômetros para áreas arenosas. Fêmeas competem pelos locais onde vão colocar seus ovos, e a escolha do local normalmente leva entre 2 a 3 dias. Ela logo cava um buraco no qual deposita seus ovos. O processo de cavar na areia pode demorar cerca de metade de um dia. A iguana-marinha pode depositar entre um e seis ovos. Os ovos podem pesar até um quarto do peso da fêmea. A fêmea então guarda o ninho até dezesseis dias. A incubação dos ovos demora entre 89 a 120 dias.
Quando os filhotes saem dos ovos, podem pesar cerca de 50 a 60 gramas. Após a incubação os filhotes tendem a olhar ao redor e então imediatamente começam a correr até achar um local seguro.

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Subordem: Sauria
Família: Iguanidae
Gênero: Amblyrhynchus
Espécie: A. cristatus

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